terça-feira, 1 de setembro de 2009

NÃO PERCAM OS EPISÓDIOS DOS PROXIMOS CAPITULOS

NOVAS HISTORIAS COM OS TITULOS:
  • O sucaneiro e a mangueira
  • O sucaneiro e a escadaria
  • O sucaneiro e o disco voador
  • Sucaneiro A x sucaneiro B quem quem irá vencer ?
  • Sucaneiro e o boiola ladrão
  • Sucaneiro lavando a alma
  • Sucaneiro e a pimenta ninja
  • Sucaneiro e a pedrada do traficante
  • Sucaneiro mordedor de bananeira
  • Sucaneiro ou Ângela Maria ????
  • Sucaneiro e o caboclo cachaceiro
  • Sucaneiro e o lago dos patos
  • Sucaneiro e a agua de coco
  • Sucaneiro e a borrifaçaõ feita na marra
  • Sucaneiro e a bicuiba
  • O sucaneiro e acorrida do lobisomem
  • O sucaneiro e cerveja mijoinscariol
  • O sucaneiro e o marido lutador de jiu jitsu
  • O sucaneiro e o cão Fila Malhado
  • O sucaneiro suicida
Faça seu comentário ou inclua sua história, encaminhe o endeço do blog para seus amigos e vamos deixar para posteridade nossos momentos inesqueciveis

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

QUEM TEM MEDO DE FANTASMA ???

1996, Ilha de Itacuruçá, equipe de leishmaniose de Nova Iguaçu, atividade de visita a residências e desinzetização.

Durante o dia, muita ralação. À noite, lazer nos poucos botecos da ilha com um metido a pagodeiro com seu banjo, chamado de doutor berinjela, por seu formato corporal.
            O retorno para a escola onde estávamos alojados era sempre as altas horas e todos bêbados e de língua mole. No dia seguinte, pedreira para acordar as 7:00h.
Nas conversas com os moradores da ilha, questionávamos porque não havia luz elétrica. Era um breu total que dava medo. Alguns moradores diziam já ter visto vultos na escuridão e algumas assombrações, o que gerava muitas gargalhadas dos sucaneiros céticos e debochadas.
Uns diziam:
- Se eu ver uma assombração vou convidar ela pro pagode.
Outros diziam que isso era coisa das nossas avós.
A ida para o boteco, todas as noites, era iluminada por um único lampião a gás da equipe. Não fosse isso, acho que nunca achariamos o caminho.
No último dia de atividades, dei ordem para que ninguém fosse ao boteco e prontamente eles atenderam indo todos dormir às 10:00h. Fui à sala ao lado onde dormiam, para confirmar e o que achei foram mochilas e travesseiros disfarçados sob cobertores. Achei estranhos todos estarem com as cabeças cobertas. Foi ai então que me veio uma idéia de vingança que ficaria para história. Eu viraria o tão temido fantasma da ilha.
Chamei o guarda bigodinho, e com balde cheio de latas velhas e um lençol branco, saímos para a vingança às 00:00h e ficamos em um entroncamento nas trevas da nos mijando de medo também. Tinha morcego, barulho na mata, pássaros e noturnos. Não nos atrevíamos a descolar um do outro com medo de nos perder na escuridão. Mas a vontade de assustá-los era maior.
Após 3 horas de espera e muito medo, eis que surge o primeiro grupo.  O guarda leite e o Rabuja. Um com o lampião dando cobertura ao grupo de traz, que vinham trazendo um bebum nas costas chamado babalu que quando bebia parecia se transformar em uma boneca. No caminho havia um córrego com uma pinguela onde só passava um.
Primeiro assalto:
            Um berro assustador vindo de um lençol branco acompanhado de latas batendo no breu da noite. Huuuuu, Brack, brack. Haaaaaaaaa!
Um grito de horror.  Haaaaaaaaa! E lá se foi o lampião junto com seu condutor desesperado:
-Corre!! corre!! um fantasma, corre!!! Gritava o guarda leite a quase 100 por hora deixando todos na escuridão.
Os que vinham atrás nem ouviram os gritos de horror. Só viram o lampião caindo fora. Achavam que era sacanagem para deixá-los no escuro.
-Volta aqui oh safado filho de rapariga ! Reclamou um do grupo.

 Segundo assalto:
Quando chegaram ao entroncamento onde estávamos bradamos com todo espírito de sexta feira 13:
HUUUUUUUUUUUU! HÁ, HÁ HÁ HÁ , BRUM! CRAFF!Mais berros, mais badaladas de latas e pronto. Pernas pra que te quero?
Esqueceram do bebum e da ponte do rio que cai e, aos gritos de desesperos diziam:
 -Saaaaai ! saaaaai ! E... cabrum no riacho.
Lá se foi o Sansão da turma metido a valentão, que deixou a marca da bunda na lama que se viu no dia seguinte.
Tropeços, gritos de horror e tombos dos corajosos sucaneiros  quase me matam de tanto prender o riso no meu esconderijo.
Já bem distante alguém lembrou.
- Cadê o babalu? Em referencia ao bebum.
-Caiu no córrego e vai se afogar! Respondeu o guardinha pigmeu de 1 metro de altura.
Vamos voltar pra socorrer! Falou um misericordioso.
Alguém contesta:
-Ta maluco! E aquela coisa que apareceu lá atrás? Não volto nem morto! Que morra o infeliz!
O corajoso pagodeiro beringela tira as calças e fica só de cuecas zorba. E num gesto de carinho com o companheiro bebum, volta e o pega pelos pés e o arrasta pela estrada afora, esfolando seu coro pelo chão.
Vamos desgraçado! Vamos!
O bebum, fora de si reclama:
Ai! Ai! Eu quero morreeeeeeer, eu quero morreeeeeeer, aaaaaai....
 O valentão que deixou o carimbo da bunda no córrego, também cheio de cana, e co raiva do bebum que não s elevantava, pega um bambu e.... slap!! slap!! slap!! Partiu ao meio nas costas do bebum, que já de pé reclamava do jeito meigo que foi socorrido e queria voltar para o boteco.
O Tião tenta se redimir:
 Só te bati pra ver se este espírito ruim sai do teu corpo .
Saldo da brincadeira:
Uma cara ralada (do bebum),um bambu partido  e um monte de machos todos sujos de lama, porque ninguém achou o caminho da pinguela no escuro.
 Muitas gargalhadas junto com pavor e dúvidas sobre o que tinha acontecido. Ninguém se atrevia a dizer que não acreditava em fantasma. Isso até descobrirem que fui eu o autor do crime. E ai....... Pernas pra que te quero ?
- Corre bigodinho ! corre! se eles nos pegam nos matam

CHUVA DE ABATE


1986.  Caxias/RJ.Força tarefa do exército brasileiro no combate a dengue.
Entre as árvores da mata densa, eu às 16:50 h aos berros a procura dos soldados para o retorno ao quartel.
Cansado e com muita raiva parei, e de repente, do céu me veio a resposta da árdua procura. Hum, dois, três, quatro. Nossa!!! Todos os sacos de inseticida do infeliz que estava dormindo na árvore caíram em mim. Gritei o mais alto que pude:
-SOLDADO!! PREGUIÇOSO, SEMENTE DO MAL , IMAGEM DO CÃO!!!!!! ##%!&$## acorda e já desce pagando 30 flexões e 100 cangurus. O susto do periquito foi tão grande que além de acordar o miserento também caiu da árvore.Veio se agarrando entre os galhos e ainda quase se esborrachou em cima de mim.

-Sim senhor cabo! Sim senhor!
 Essa merda me custou um pernoite com toda a minha equipe no quartel, pois todo o grupo (30 viaturas, mais de 300 sd. e mais oficias e sargentos) chegaram ás 20:00h nos seus quartéis pelo ocorrido com minha equipe.
Como foi o meu pernoite? Imagine...
Pra compensar o dano e diminuir a raiva...
-Sentado um dois! Eu gritava com todo ódio que podia.
- Três quatro! Chuva de abate nunca mais! Respondiam os justos e os pecadores do fato.
-De pé um dois! Filhos do cão! Sementes do mal!
- Três quatro! Chuva de abate nunca mais!
-Sentado um dois!
- Três quatro! Chuva de abate nunca mais!
Total da peleja após uma hora empurrando o chão sentando e levantando:
10 bundas calejadas, 40 braços inchados de tanta flexão e pernas só para pôr as calças, porque para andar, naquela noite não serviam mais, de tanto canguru que pagaram.

Essas lembranças vão levar para o resto de suas vidas. Isso eu garanto.

BEM ANTES DE SER SUCANEIRO

1986 no exército eu cabo Gilberto, sorteado para comandar uma equipe de 10 sd. na campanha contra a Dengue, presenciei situações inusitadas que valem a pena lembrar.
Um soldado pergunta ao morador:
 -Posso pôr remédio na sua caixa d'água?
-Mas quem está doente sou eu. Responde o morador
O Soldado tenta consertar dizendo:
 - Me expressei mal. É veneno na caixa d'agua.
O morador apavorado escurraça:
- Some daqui seu louco. Você quer que eu morra!!
 É duro meu!!!!